Quinta-feira, Abril 25, 2024
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Câmara de Almada reitera que obra na Fonte da Telha teve autorização do ICNF e da APA

Inês de Medeiros reafirma que pavimentação de estrada na Fonte da Telha teve parecer favorável do ICNF e da APA. No entanto, ambas as entidades negam que a obra estivesse sujeita a autorização ou parecer.

 

A presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, garante que a intervenção levada a cabo na estrada de acesso à praia da Fonte da Telha envolveu “desde o primeiro instante todas as entidades”. Questionada sobre o tema durante a reunião de Câmara realizada esta segunda-feira, dia 20 de Julho, a autarca assegurou que a obra recebeu parecer favorável tanto da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), como do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

“Temos que exigir às entidades que sejam minimamente coerentes”, afirmou a presidente da Câmara, acrescentando “que ninguém venha fazer de conta que não sabia. Se houver um dito por não dito, pediremos responsabilidades”.

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No entanto, ambas as entidades negam ter emitido qualquer parecer. Numa resposta enviada por escrito ao ALMADENSE, o ICNF indicou que a “reabilitação dos acessos existentes às praias da Fonte da Telha não se insere na área da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica, não estando sujeita a parecer ou autorização do ICNF”.

De igual forma, a APA emitiu um comunicado recente, no qual indica que “não foi emitido qualquer parecer” por parte dos seus serviços, “atendendo a que tal ato não é sua competência”.

Quanto à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT), só terá sido informada depois da obra estar concluída, estando neste momento a analisar o projeto.

 

Autarquia não esclarece se vai substituir pavimento

De acordo com o parecer do ICNF lido por Inês de Medeiros, a entidade “aceita provisoriamente a proposta de pavimento para a via principal, recomendando-se a sua posterior substituição por um pavimento alternativo que possibilite um melhor enquadramento estético com a área envolvente”. Ainda segundo o mesmo documento, a entidade “emite parecer favorável ao projeto e autoriza a execução dos trabalhos necessários à realização da respetiva obra”, leu a autarca.

Questionada pela vereadora do Bloco de Esquerda, Joana Mortágua, a presidente da Câmara invocou a “urgência na realização da intervenção”, devido à “proximidade da época balnear”, argumentando que “o pavimento proposto foi o mais rápido de colocar”, mas não esclareceu se o pavimento colocado será retirado no final da época balnear, tal como defendeu também o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

“É com a consciência de tudo termos feito para salvaguardar o bem estar das populações e cumprir o que o governo pediu que aguardamos os pareceres”, concluiu a edil.

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